Síndrome do Coração Partido
Quando sentimos demais a perda de uma pessoa amada, a síndrome do coração partido se torna uma possibilidade
Você já teve a sensação de que ia morrer de amor? Após um término doloroso ou a morte de alguém que você amava? Uma dor tão intensa que te fazia chorar de soluçar e agarrar o seu peito com falta de ar enquanto sentia dores? Por incrível que pareça, isso tem nome.
Uma reportagem divulgada pela CNN divulgou um estudo feito pelo Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês, afirmou que a sensação de quase morte é real e se chama "Síndrome do Coração Partido" ou Cardiomiopatia induzida pelo estresse.
“Durante um episódio [de síndrome do coração partido], o ventrículo esquerdo do coração sofre uma paralisia no ápice e no centro, que o deixa sem força para desempenhar sua função adequada. Esse quadro é desencadeado pela exposição excessiva a hormônios do estresse, como a adrenalina, que são produzidos quando somos submetidos a fortes emoções”, essas foram as palavras do cardiologista responsável pelo estudo. E sim, segundo a ciência, é possível morrer de coração partido, é raro, mas pode sim acontecer.
Muitas vezes, quando perdemos alguém que amamos – seja por um término ou até de forma fatídica como a morte – sentimos uma dor avassaladora, que pode durar dias, semanas, meses e dependendo do grau de importância, até mesmo anos. É claro que, ninguém sofre para sempre, uma hora a dor deixa de ser dor e passa a ser saudade, mas a saudade também dói, na minha opinião muito mais que um coração partido. Sentir saudades de coisas que faziam parte de uma rotina dói muito mais do que o primeiro dia sem aquela pessoa, sentir falta dos bom dias e boas noites rotineiros, sentir falta dos cafés, dos almoços e dos jantares, sentir saudade do sorriso, do cheiro, e pior, do abraço que te consolava no final do dia ou da semana exaustiva, isso é o que eu considero a pior dor a ser sentida. É pior ainda quando é feito de forma brusca, quando é tirado de você sem que você possa fazer nada a respeito. Às vezes, querendo ou não, é mais leve perder alguém, quando você sabe que aquela pessoa vai embora é, de fato, mais tranquilo se acostumar com a ideia da partida. Obviamente, se contentar com a ideia da partida ou do término não torna a dor menos doía, mas torna menos pesada, um fardo menor a ser carregado.
Quando o tempo vai passando, a dor vai deixando de ser doída e se torna uma saudade intensa e uma lembrança permanente daquele que nos deixou. E então vem o que todos chamam de "a última fase do luto", a aceitação. Você aceita que aquela pessoa não vai mais voltar, que o abraço não vai mais acontecer, que os beijos vão ser esquecidos. Tudo vira lembrança dais quais você lembra e da risada, aquelas que você conta com carinho, afinal, pessoas amadas nunca vão ser esquecidas se ainda tiver alguém pra quem contar suas histórias.